Gosto de gente resiliente, que se
desafia e vai em frente. Gosto de gente íntegra, que se questiona e reinventa.
De gente que nunca diz, para se desculpar, que
“é assim a vida”, ou “no meu tempo…”, “ou que vai andando….”.
Gosto de gente que se empenha em viver
para além do “mais ou menos”, para
quem o estar apenas “quase” vivo, não
é opção.
Gosto de gente que sendo forte,
também acolhe a sua vulnerabilidade. Gosto muito de gente que se faz útil e
contribui, de facto, para algo melhor. Que tem uma pegada humana positiva e diferenciadora.
Que verdadeiramente se importa com o que acontece e se implica.
E que para isso sabe que se calhar terá que
aprender qualquer coisa nova todos os dias, fazer correcções de rota, por
pequenas que estas sejam, para ser possível aproximar-se das pistas em que quer
aterrar. Aterrar com convicção, com energia e com integridade.
Gosto de gente a sério, que chora
e que ri, com recursos internos e que também tem dúvidas e medos e hesitações e
pudores. Isso torna-as, pelo menos aos meus olhos, mais humanas.
E a humanidade nas pessoas, a sua
bondade, a sua capacidade de se partilharem com os outros e com o mundo, de
peito franco e aberto, livre de agendas ocultas ou interesseiras parecem-me
aspectos absolutamente viscerais para o mundo a que quero pertencer.
A PNL, um dos meus assumidos
amores e um daqueles que acontecem logo à primeira vista, debruça-se sobre
estas questões e sobre o impacto que estes pilares identitários têm na
construção da nossa realidade. Chama-lhes Valores, na maior parte das vezes.
Outras vezes, Crenças ou Convicções. Coloca-os na base da investigação de muito
do que nos move e/ou paralisa em termos de escolhas, decisões, atitudes, comportamentos.
Porque fazemos nós afinal o que fazemos? Porque não fazemos o que escolhemos precisamente
não fazer?
Interessantes questões, estas,
para a esmagadora maioria das pessoas que encontro em formação ou atendo em
sessões de coaching.
Quando vivemos com congruência em
relação aos nossos Valores, quando expressamos através do que fazemos no nosso
dia-a-dia aquilo que nos alimenta a nossa essência, a vida flui. A alegria
instala-se e o equilíbrio pessoal acontece. Cada dia é uma nova descoberta e
por muito desafiador que seja o que nos espera, há energia pessoal,
combustível, motivação, foco. Quando, por medo, insegurança, muitas vezes até
por aquilo que achamos ser uma forma de lealdade aos outros, fugimos do que no
fundo somos, é natural que mais tarde ou mais cedo a nossa factura se torne elevada
e até mesmo a qualidade do nosso sono se ressinta com essa falta de verdade
para connosco mesmos.
Vale a pena reflectir sobre isto:
até que ponto vivemos em sintonia connosco próprios? Numa escala de 0 a 10 como
estamos de amores no que toca aos nossos amores? Família? Trabalho? Carreira?
Saúde? Lazer? Desenvolvimento Pessoal?